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Ditaduras do Brasil, Argentina e Paraguai levaram dois jovens à morte na fronteira de Foz e Puerto Iguazú

Liliana Inés Goldenberg era integrante da organização peronista Montoneros.

Morreu em 2 de agosto de 1980 juntamente com seu companheiro  Eduardo Gonzalo Escabosa,ao tentar ingressar à Argentina, através de Foz do Iguaçu.

Apesar de ser filha de pais professionais de boa situação econômica, Liliana  estudou nas escolas públicas de Buenos Aires, chegando a cursar a carreira de Psicología até o segundo ano.

Aluizio Palmar en seu livro ” Onde foi que vocês enterraram nossos mortos”, conta que era um sábado 2 de agosto de 1980, na lancha Caju IV, que fazia a travessia entre Porto Meira, em Foz do Iguaçu e Puerto Iguazú, Argentina,  viajavan Liliana e Eduardo. Antes de atracar do lado argentino dois policiais brasileiros que estavam a bordo da lancha disseram ao piloto para desligar o motor e em seguida apontaram suas armas em direção ao casal. Rodeados, Liliana e Eduardo viram que havia mais policiais no cais de Puerto Iguaçu. Ao se derem conta que haviam caido numa armadilha, Liliana e Eduardo começaram a gritar que eram perseguidos políticos e que preferiam morrer a ser torturados. Abrieron uma pequena bolsa de plástico e tiraram dela capsulas  de cianureto que engoliram com a água barrosa do Rio Iguaçu. num instante os dois militantes montoneros morreram. A revista Veja noticiou a morte do casal argentino e dias antes o Condor paraguaio recebia e enviava informe da chegada à fronteira dos dois militantes.

Como pode-se ver as ditaduras da Argentina, Brasil e Paraguai atuaram em conjunto para a morte dos dois jovens. 

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