Este documento eu localizei no Arquivo Público do Rio de Janeiro. Ele mostra que um ano antes da Chacina da Chácara de São Bento a direção da Vanguarda Popular Revolucionária era controlada pela repressão da ditadura. As informações constantes no documentos indicam a existência de uma infiltraçao com amplo conhecimento da cúpula que agia no Chile, Europa e Argência.
Trata-se de um documento muito estranho devido a informações que eram restritas aos membros da direção, tais como números de telefone para contato, caixas postais e contatos transversais. Exemplo é o endereço do escritor Mario Benedetti para chegar até Soledad Barrett e os contatos de Onofre Pinto na Itália e França.
Esse documento produzido pelo CISA (Centro de Informações e Segurança da Aeronáutica) em 3 de janeiro de 1972, pode ser uma pista importante para esclarecer o nível de infiltraçao na esquerda armada que resistiu a ditarua
A CHACINA DA CHÁCARA DE SÃO BENTO
No dia 8 de janeiro de 1973, um casebre de taipa, erguido no meio da mata, em Paulista, serviu de palco para uma das mais brutais chacinas deflagradas durante a ditadura militar. Em 8 de janeiro de 1973, acontecia o conhecido “Massacre da Chácara São Bento”, em que foram mortos seis militantes da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR). Todos delatados pelo agente duplo mais famoso do regime, o Cabo Anselmo. Entre os delatados e mortos estava até sua própria companheira, a paraguaia Soledad Barrett Viedma. Pela escassez de fontes documentais e testemunhais, o fato ainda guarda versões controversas.
Os seis militantes da VPR foram presos, torturados até a morte. São eles Eudaldo Gomes da Silva, Soledad Barret Viedma, Evaldo Luiz Ferreira de Souza, Pauline Reichstul, José Manuel da Silva e Jarbas Pereira Marques.
Os corpos foram levados para a Chácara de São Bento e ali montado um cenário que aparentasse mortes causados por resisterncia ‘a prisão. Foram 26 tiros, 14 na cabeça e muitos à queima-roupa. Ao cenário brutal, foram adicionadas armas ao redor dos corpos para sugerir um confronto entre guerrilheiros e militares que nunca houve. As fotos, difundindo a versão oficial de que um “congresso de terroristas” havia sido desbaratado, foi estampada nos jornais três dias depois. O propósito daquele banho de sangue era claro. “Foi uma forma de desmoralizar ainda mais a esquerda num momento em que a luta armada já estava fragilizada. A VPR, depois disso, deixou de existir. O objetivo era exterminar com algo simbólico, chocante”, analisa Campos. Foi, de fato, o último suspiro da guerrilha urbana no País. Restava apenas o combate no Araguaia, que durou até o ano seguinte, com um desfecho igualmente trágico.
já li quase todas as suas postagens, mas nunca deixei comentário. Agora segue o primeiro: belíssimo trabalho de reconstituição deste período tão tenebroso da vida nacional. Parabéns por sua abnegação!
B”H
Estimado Investigador
Comissão da Verdade ou da Impunidade?
PORQUE a DILOMA ROUSSEF não depóe na comissao da Verdade como cidadã brasileira.
como deseja a Anistia Internacional, suspeita-se que todos que estão vivos doram dedos-duros da revolução militar. Os mortos que acusam de dedos duros bão se defendem, porque não depõe a INES Etienew Romeu? O ZORRO, e os que estão vivos que supostamente eram infiltrados na Esquerda..A comissão tem que achar os vivos dedos duros para depor. Pois os mortos não se defendem. O código penal vigorava na revolução e agora, até a argentina revogou a anistia pois ela foi feita pelos assassinos dos brasileiros. Um cordial abraço Valerio papandreu( irmão do preso politico morto em Petrópoilis (RJ).na casa de torturas.
Só investigar é pouco. Precisamos revogar a Imposição nº 8.683/79. Assine 0 abaixo-assinado para tanto: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoVer.aspx?pi=P2013N41830