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DITADURA BRASILEIRA NOS PREPARATIVOS DO GOLPE NO CHILE. RELATÓRIOS DO CIEX SOBRE SITUAÇÃO POLÍTICA NO CHILE E ATIVIDADES DAS FORÇAS ARMADAS

Ministério das Relações Exteriores

Centro de Informações do Exterior

Ciex 411/73

5 Setembro 73

Chile. Situação Interna

Ministério das Relações  Exteriores

Centro de Informações do Exterior

Ciex 414/73

6 Setembro 73

Chile. Situação Interna. Atividades das Forças Armadas

“No Brasil, desde que se instalou a Ditadura de Segurança Nacional, as autoridades desenvolveram dois grandes eixos de preocupações imediatas. Por um lado, tudo o que dizia respeito ao combate interno contra qualquer foco de questionamento à nova ordem instituída, portanto, a necessidade de enquadrar/eliminar os setores considerados “subversivos”, “comunistas” ou “terroristas” através da Operação Limpeza e das demais práticas repressivas desencadeadas como políticas de Estado – condição fundamental para realizar a profunda reestruturação capitalista que orientava a iniciativa dos setores golpistas civis e militares. Por outro lado, desde uma perspectiva geopolítica, aguçar um olhar sobre a América Latina sobrepondo e/ou combinando critérios de segurança nacional interna – a disseminação dos seus exilados pela região –, e externa – a preocupação com governos, organizações armadas, políticas ou sociais vizinhas, hostis aos seus interesses –, com uma perspectiva de agressiva pretensão hegemônica, embora sempre mascarada com posturas defensivas inseridas na lógica maior das diretrizes gerais da Guerra Fria. Nesse sentido, não se pode esquecer os postulados apontados por Golbery de Couto e Silva, em 1967, na sua “Geopolítica do Brasil”, em relação às ameaças que a América Latina sofria naquele contexto:”

”  A DITADURA BRASILEIRA E O GOLPE DE ESTADO CHILENO”   Enrique Padrós e Silvia Simões

( Ver em anexo)

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2 comentários

  1. Documentação importantíssima, que confirma os erros estratégicos de Allende, ao permitir que seus aliados militares deixassem o comando das Forças Armadas, sobretudo o do Exército, sendo substituídos por pseudo legalistas. A informação do Serviço de Inteligência brasileiro infiltrado no aparato diplomático demonstra que, antes mesmo de sua escolha por Allende, Pinochet era conhecido como anti-marxista, portanto inadequado para comandar o Exército em um governo de preponderância marxista. No governo havia não-marxistas (como os radicais, os membros do Mapu e os cristãos de esquerda) que certamente deveriam ter contatos no generalato. E se nenhum desses amigos tivesse graduação suficiente para assumir o comando, jamais se deveria deixar que Prats e os outros se retirassem. Prats e os militares leais haviam desmanchado o balão de ensaio que foi o tancazo, NO FINAL DE JUNHO, mas a política de panos quentes levou ao topo da hierarquia os piores inimigos do povo e da Unidad Popular. E os militares leais das bases foram, já antes do golpe, desarmados, presos ou neutralizados pelo comandos e pela disciplina militar. Observe-se que esses informes são de cinco dias antes de o golpe ser desfechado.

    1. Excelente análise

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